fonte: Veja
O filho da americana Emily Morgan nasceu prematuro com apenas 680 gramas, durante um cruzeiro. Quando a mulher entrou em trabalho de parto, o navio estava a 14 horas do porto mais próximo, em Porto Rico, e a equipe médica não esperava que o recém-nascido Haiden sobrevivesse. As informações são da agência Associated Press.
Emily contou à AP que embalou o filho em toalhas em um esforço desesperado para mantê-lo vivo até que o navio chegasse ao porto. De acordo com os médicos, o bebê sobreviveu graças a seus pulmões excepcionalmente fortes – os órgãos estão entre os últimos a amadurecer. Agora, ele está internado em uma unidade de terapia intensiva neonatal em Miami, nos Estados Unidos.
De acordo com a mãe, de 28 anos, como a gravidez tinha sido tranquila até então e o nascimento de Haiden estava previsto somente para dezembro, seu médico autorizou a viagem.
No entanto, no dia 31 de agosto, durante o cruzeiro de sete dias pelo Caribe, as contrações começaram. Quando percebeu o que estava acontecendo, Emily ligou imediatamente para a equipe médica do navio.
Depois do parto, a equipe médica alertou que não esperava uma sobrevida muito longa para o bebê. Emily insistiu que o filho fosse embrulhado em toalhas secas e ajudou a equipe a aquecer bolsas de água quente para criar uma incubadora improvisada.
Enquanto isso, o capitão acelerou em direção ao porto, chegando duas horas antes do previsto. Pontos escuros já estavam aparecendo nos dedos de Haiden, indicando que sua circulação começava a falhar.
Duas ambulâncias levaram a família para um hospital local e alguns dias depois eles foram transferidos para um hospital infantil em Miami. Segundo a mãe, Haiden está progredindo bem, mas deve permanecer hospitalizado até 19 de dezembro, data que era esperada para o parto.
O bebê está se alimentando por leite administrado com uma seringa em um tubo conectado direto com seu estômago. A família espera que no próximo mês ele possa ser transferido para um hospital mais perto da casa da família, em Utah, nos Estados Unidos.
Segundo o médico Bradley Yoder, diretor da unidade de terapia intensiva neonatal da Universidade de Utah, um bebê como Haiden, nascido tão prematuramente e, sobretudo, tão longe de um hospital, tem menos de 10% de chance de sobreviver.